Gelatto!!!!
O gastos subiram um pouco mas ainda estao dentro do previsto, mesmo por que alguns caprichos fazem parte da viagem. A comida maravilhosa da Espanha(e relativamente barata) da lugar para um menu ja mais caro e nao tao nobre de Veneza. Vamos ver como fica o resto da Italia.
Até hoje quando um Indiano que conhece tudo de futebol brasileiro nos reconheceu como brasileiros fomos sempre confundido por italianos. E nao foi so uma vez nao. Foram mais de 6 vezes na espanha. So posso pressupor que deve ser devido ao meu estilo, muito Milao, muito alta costura. Ou talvez por que Gelatto tem sido o jargao de nossa viagem(quem viaja com o Ivan sabe que toda viagem tera um jargao novo que sera repetido por toda ela). Alguns turistas ou espanhois nao locais chegaram a nos confundir com espanhois e por mais de 4 vezes alguem me pediu informacao.
O Ivan tem se mostrado um otimo companheiro de viagem, sempre divertido e encarando qualquer idéia maluca que eu tenha. Deviam filmar nossas caminhadas entre-lugares, quase sempre cantando musica ou inventando alguma. Ja saiu de tudo, desde Casa Muito Engraçada, a uma versao de Sole Mio com outra letra inventada na hora pelo Ivan em homenagem a Casa Batlò.
6° Dia
Acordamos e fomos direto pegar nosso ingresso para entrar em Alhambra. Uma fila imensa por que haviam poucos ingressos disponiveis mas o nosso ja estava reservado. Entramos e demos uma volta. Comecamos pelo Generalife e depois as mulharas de Alcazaba. Esperamos num jardim até a hora de entrar nos Palacios Nazarios(que tem hora marcada, a nossa era 11:30). De fato, o palacio do Rei Mouro Nasrid é um dos maiores monumentos da Europa. O detalhe de cada parede, cada porta, feita com um capricho sem igual impressiona. Aproveitamos para esbanjar um pouco nesse dia comendo no Parador de Sao Francisco, um monastério que fica dentro de Alhambra e também funciona como hotel 5 estrelas.
De la fomos a La Cortuja, um convento que na verdade nao tinha nada demais e depois nos dirigimos para nosso tao esperado banho turco. 7 piscinas climatizadas e meia hora de massagem antes de pegar o trem pra Barcelona era tudo o que precisavamos. Nesse momento nosso pé queria desistir da viagem e foi um presente justo.
Depois pegamos nossa bagagem e fomos pra Barcelona.
7° Dia
Dormimos no Trem, em um vagao com 4 camas. A noite foi tranquila e deu pra dormir perfeitamente no trem apesar de acordar meio paranoico de madrugada achando que um dos outros 2 caras do vagao podia estar me roubando. Naquele breu total eu tinha certeza que precisava de uma visao noturna para vigia-los e coloquei na cabeça que compraria uma na proxima vez que fosse aos EUA. Depois de um tempo comecei a pensar que o outro cara podia ter visao noturna e comecei a olhar pra ele para que ele soubesse que eu tava de olho, embora a escuridao fosse total e eu nao sabia nem se de fato havia alguém na cama ao lado ou se era o barulho vinha do Ivan na cama de baixo. Coisa de quem ta meio acordado meio dormindo.
Chegando em Barcelona a escolha dos hotéis continuou se mostrando acertada. O Residence Australia era perfeito. Novamente bem localizado na Pç da Catalunya, com um quarto melhor que muito hotel 2 estrelas no Brasil(melhor que o Del Fiore por exemplo) embora fosse considerado um Albergue/Pensao por aqui.
Começamos os passeios ainda antes do almoço pela Casa Batlò. O choque foi imediato tanto quanto a admiraçao por Antoni Gaudi. A arquitetura da casa é simplesmente maravilhosa. Cada comodo é uma surpresa e tudo parece ter saido de um livro de contos infantil. Nao me contentei a tirar fotos, quis filmar o que dava da casa para que captasse a visao que eu estava tendo. Passamos pela La Pedrera mas pela fila e preço nao entramos, teriamos outras oportunidades de ver Gaudi. Terminamos o dia caminhando pelas Las Rambas e dando uma ida até a beira da praia. Terminamos jantando uma Paella por ali. Eu nao gosto e comi o que deu, mas tinha que provar uma na Espanha.
Dormimos um pouco e como era sabado acordamos uma da manha para ver como era a famosa noite de Barcelona. O Rough Guide indicava uma boate no quarteirao do hotel e por comodidade fomos la. Estava completamente vazio e so comecou a encher as 3 da manha, algo que parece ser comum por la. Na espanha as coisas abrem as 10, se almoca as 2, janta-se as 10 e saem pra noite as 3. De qualquer forma a musica eletronica definitivamente nao é a minha praia. Fiquei acompanhando o Ivan até umas 5 mas voltei para o hotel. As 6 ele voltou.
8° Dia
Fomos a Sagrada Familia ja esperando uma maravilha depois do choque que tivemos na Casa Batlò no dia anterior e a expectativa se cumpriu. Até agora é a coisa mais interessante que vimos na Europa. E olha que ela nem esta terminada ainda. Impressionante!
Continuamos o dia fazendo um passeio pelo Parc Guell, que também foi feito por Gaudi. A lojinha do parque me pareceu a casa do Joaozinho e Maria, ou pelo menos a imaginacao que eu tinha dela. Me impressiona como uma unica pessoa foi capaz de elevar uma cidade normal a uma das maiores atraçoes do Mundo. O Ivan acha que nada na viagem vai superar Barcelona.
Na volta fomos passear no bairro de Garcia onde estava acontecendo um festival local e todas as ruas estavam enfeitadas. No final do dia jantamos no El Mussol, mais um bom, muito bonito e bem barato indicado pelo Rough Guide. Fica pertinho da Casa Batlo, atravessando a rua.
9° Dia
Como nas segundas muita coisa fecha na Espanha, aproveitamos pra ir a praia. Pegamos o metro e fizemos uma baldeçao para chegar na praia. Me senti um suburbano carioca saindo de Rocha Miranda pra ir a praia no Leme. So que eu estava em Barcelona hehe.
E impressionante como topless é cultural, pelo menos na espanha. Pelo menos 50% da praia faz. Mas os mais espertinhos que agora ja planejam um pulinho na praia espanhola fica o aviso: a praia é frequentada em maioria absoluta por familias e isso significa que quem faz topless sao aquelas avos e maes acompanhadas de maridos, filhos e netos, para ver como é de fato cultural e nao sexual. Sao as com mais de 40 que costumam fazer. A partir dos 50 entao é quase 100% de topless, sem limite de idade. Sao justamente as mais novas que sao as mais pudicas. Talvez por serem em sua maioria turistas. Na praia também vai se encontrar muita filipina e muçulmano ilegal oferecendo massagem(as filipinas) e bebidas (os muçulmanos) que andam por ai com medo da policia e deixando suas sacolas por onde passam. Nao sei qual é a da sacola, mas de 5 em 5 minutos eles deixam elas no meio da praia e saem, ou escondem junto com as coisas de outras pessoas. O Ivan ficou com medo de terrorismo.
Na parte da tarde fomos ao parque de Montjuic e andamos no Teleférico que tem uma vista muito melhor que a de Madrid. Depois descemos e fomos a Igreja de Santa Maria Del Mar. Nada demais por ai.
10° Dia
Como o dia seria mais curto e ja tinhamos feito quase tudo, depois do check out to hotel demos mais uma passada na praia. Fiquei pouco tempo e logo voltei para procurar um lugar que passasse o jogo do Brasil. Nao encontrei. O Ivan ficou um pouco mais na praia. Nos encontramos no hotel, tomamos um banho e la pelas 5 fomos pro aeroporto pois iriamos a veneza. Em veneza ficamos 40 minutos esperando a mala que nao apareceu até percebermos que estavamos na esteira de um voo de Londres. Nossas malas ja estavam no Achados e Perdidos uma vez que a entrega de bagagem do voo de Barcelona ja tinha fechado fazia tempo. Retiramos e fomos pro hotel fazendo baldeaçao no caminho para pegar o Vaporetto, um barco que funciona como onibus em Veneza. Vale informar que mais uma vez nao passamos pela imigraçao, algo bem esquisito. Espero que nao me parem em algum lugar como imigrante ilegal.
Na fila de compra de ingressos do vaporetto fiquei observando discussoes dos Italianos apressados enquanto os vendedores de bilhetes demoravam absurdo para tarefas tao simples e nos, ja tarde da noite, com medo de perder o ultimo onibus. Uma mulher la de dentro da cabine gritava coisas como Vendi Prima... algo tipo, Esta com pressa, chegue antes. Tudo isso em Italiano é claro, fica muito mais divertido.
11° Dia
Acordamos em Veneza, aqui ja num hotelzinho com café da manha. Bendita terra de Ferrero Roche que nos provem Nutella como se fosse manteiga no café da manha, transformando uma simples cesta de paes e croissant em uma esperada refeiçao.
Passeamos pela cidade que de fato é unica, com seus canais como se fossem ruas. Fomos no palacio Ducalle, Basilia de San Marco e Museu Correr. No final do dia fomos andando até a estaçao de trem comprar as passagens para Florença. Procurei um lugar com internet na cidade mas parece que nao existe.
12° Dia
Acordamos, mais café da manha com Nutella e uma visita a Accademia, a mais importante galeria de arte local. No caminho descobrimos uma interessante exposiçao com engenhocas criadas por Leonardo Da Vinci. Depois disso fomos a Loja da Ferrari na Piazza San Marco onde tudo era tao maravilhoso quanto caro e acabamos com nossas possiveis visitas. Almoçamos e voltamos pro hotel dar uma descansada. A cidade em si é uma atraçao a parte, mas além da propria cidade ha pouco o que se ver e fazer em Veneza. 1 dia completo(acordando e dormindo na cidade) é mais do que suficiente. Aproveitei entao que achei uma lan house (leia-se uma xerox com 2 computadores) no caminho da Accademia e voltei aqui para fazer o post enquanto o Ivan dormia no hotel.
Amanha vamos para Florenca de manha cedinho. Em roma procuro um lugar para postar mais noticias. Entrar na internet tem sido muito mais dificil do que eu imaginava. Continuem mandando informacoes do Vasco e das Olimpiadas.
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